SÉCULO XIX

ÉLIPHAS LÉVI – Alphonse Louis Constant (1810-1875), ocultista e mago francês, escritor de vários livros sobre magia, ocultismo e cabala, mais conhecido no meio esotérico como Éliphas Lévi.

Colocou o tarô no mesmo patamar da Cabala, da Astrologia e das demais ciências ocultas.

Atribuiu a origem do tarô aos hebreus e associou o Tarô à Cabala: associou os quatro naipes ao Tetragrama (YHWH), os 22 arcanos maiores aos 22 caminhos que interligam as 10 esferas da árvore da vida, assim como o arcano 1 com a primeira letra do alfabeto hebraico, o arcano 2 com a segunda letra, o arcano 0 e o 21 com a penúltima e ultima letra do alfabeto hebraico respectivamente.

Sugeriu a imagem da leminscata sobre a cabeça do Mago e da Força, sugeriu também imagens relacionadas à lua para a Papisa e para a Imperatriz, um triângulo e um quadrado para o peito da Temperança.

Influenciou a modificação na aparência do arcano XV, O Diabo por conta de uma figura de Baphomet publicada em seu livro “Dogma e Ritual da Alta Magia”. A figura aparece sentada em um trono com um caduceu Hermético entre as pernas, em vez dos genitais, com cabeça de bode e uma tocha entre os chifres.

Publicou a primeira carta do arcano 7 em que apareciam duas esfinges egípcias (uma clara e outra escura) puxando O Carro.

Influenciou o arcano XIX do tarô de RWS. Segundo Arthur Waite, em seu livro “A Chave Ilustrada do Tarô”, Eliphas Lévi teria dito que as duas crianças que aparecem na carta do Sol no padrão Marselha, às vezes eram representadas, por um símbolo bem melhor: uma criança nua montada em um cavalo branco e mostrando um estandarte escarlate.