O numeral Dois representa o par, a dupla, a parceria, o casal.
Representa também a dualidade e a relação entre as duas partes envolvidas. Isso pode acontecer de forma complementar quando as partes somam e se complementam ou de maneira antagônica quando rivalizam entre si.
No padrão Marselha, essa relação se estabelece com o outro: nos naipes de Paus, Ouros e Copas esta relação é positiva, de cooperação e associação entre as partes. Já no naipe de Espadas, a relação é de rivalidade, de exclusão, de competição entre os envolvidos.
No padrão RWS, o arcano Dois mostra a relação da pessoa com uma circunstância de vida: o Dois de Paus mostra a relação com o poder, o Dois de Ouros com os recursos materiais, o Dois de Espadas com os conflitos interiores. A exceção se faz para o Dois de Copas, neste naipe, a relação se dá com o outro – se trata dos sentimentos positivos entre duas pessoas.
PADRÃO MARSELHA
O ENCONTRO
O Dois de Paus – a base – representa a união entre as polaridades da dualidade. O encontro do princípio masculino e do princípio feminino, encontro necessário para o surgimento de algo novo, original, criativo ou pioneiro.
O Dois de Ouros – o investimento – representa o encontro da semente com a terra, do trabalho com o dinheiro. Destaca o movimento, o trabalho necessário para que o investimento frutifique.
O Dois de Espadas – a rivalidade – representa a dualidade expressa na rivalidade entre opostos. O conflito, a disputa, a competição, o choque entre o que já está estabelecido e a vanguarda. Um conflito interior pode refletir-se no mundo exterior.
O Dois de Copas – o encontro – representa o encontro de dois polos que se atraem. O começo de um relacionamento, de uma amizade, de uma aproximação afetiva.
PADRÃO RWS
O Dois de Paus – ter o mundo na palma das mãos – nos fala das condições favoráveis para a realização de um sonho. A vontade e a imaginação dispõem das condições necessárias para se manifestarem.
O Dois de Ouros – movimentar os recursos – retrata o movimento, a coordenação e o equilíbrio entre as polaridades. Fala da flexibilidade, da mobilidade e do trabalho necessário para manter um sistema funcionando.
O Dois de Espadas – conflito interior – mostra a pressão interior causada por duas correntes de força opostas em conflito. A aparente apatia é, na verdade, o vetor resultante de uma intensa luta invisível.
O Dois de Copas – a aproximação – fala sobre o encontro do casal, sobre a função da paixão no relacionamento. Retrata também o medo e o desejo de amar.